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Muito já se falou sobre o personagem Ozzy Osbourne. O maluco que mordeu um pombo e um morcego de verdade no palco, o pirado que tentou matar a própria esposa, o louco que cheirou uma carreira de formigas, o doido que arrastava um sapato pelas luas de Birminghan como se fosse seu animal de estimação...
Entretanto, há uma enorme injustiça quando não valorizamos o gênio por trás dessa insanidade toda.
John Michael Osbourne é britânico, tendo feito 61 anos em dezembro. Após ser aprovado em uma audição, entrou no Black Sabbath em 1968. Para o heavy metal, um grande marco e uma enorme benção. Para o Sabbath, a fórmula do sucesso...
Além de seu jeito inconfundível de cantar e de sua presença ímpar no palco, o "Príncipe das Trevas" foi o principal responsável pela estratégia do Sabbath ao ocultismo e temas de horror. Isso mesmo... Tudo não passou de um grande lance de marketing, mas não poderia ter dado mais certo.
Ozzy também foi muito influente na característica de heavy metal mais pesado e rebelde do Sabbath, em especial se comparado aos outros gigantes do estilo, como Led e Purple. E tudo o que faziam era para sepultar qualquer suspiro do com hippie do final dos anos 60. Segundo disse o próprio Oz, em 1970, "O Sabbath foi uma reação contra aquela merda toda de paz, amor e felicidade. Era só olhar em volta e ver que bosta de mundo a gente vivia."
Sem demérito a nenhum dos outros membros, em especial o genial Tony Iommi, Ozzy era a mola propulsora do Black Sabbath. Ao deixar a banda em 1978, quando do lançamento do marcante "Never Say Die", o Sabbath entrou em um visível declínio e a carreira solo de Ozzy foi às alturas.
Novamente ao lado de um fabuloso guitarrista, Randy Rhoads, Oz emplacou dois grandes hits em seu primeiro disco (Crazy Train e Mr. Crowley), e mostrou a todos quem era o dono do campinho. Mesmo com a substituição de Rhoads (morto em 1982 por um acidente aéreo), a carreira solo de Ozzy, que dura até hoje, seguiu em estrondoso sucesso. Escolhendo músicos sempre talentosos (Zakk Wylde, em especial) e valendo-se de seu carisma impressionante, Osbourne manteve uma enorme legião de fãs e já passou dos 100 milhões de álbuns vendidos. O fato é inédito para roqueiros que deixaram sua banda original e lançaram-se sozinhos.
Ozzy ainda deu uma grande alegria aos fãs do Sabbath quando, em 1998, juntou a formação original da banda e saiu em turnê pelo mundo. O espetacular Cd duplo "Reunion" é indispensável para quem gosta dos caras, estando entre os melhores registros ao vivo da história do rock.
Infelizmente os excessos sequelaram Ozzy de forma relevante. Seus shows se tornaram cada vez mais escassos e a cada dia minha esperança de vê-lo ao vivo diminui um pouquinho.
Em junho chegará ao Brasil a sua esperada autobiografia, entitulada “I am Ozzy”. Em recente entrevista, Ozzy adiantou o que os fãs podem esperar de seu livro: “Todos os dias da minha vida tem sido um evento. Tomei combinações letais de álcool e drogas durante trinta anos de merda. Eu sobrevivi a um acidente de avião, overdoses suicidas, doenças sexualmente transmissíveis. Eu fiz algumas coisas ruins no passado e sempre fui atraído pelo o lado negro. Mas não sou o diabo. Eu sou apenas John Osbourne: um garoto da classe trabalhadora de Aston, que largou o emprego na fábrica e foi à procura de diversão”.
Existe um vídeo que expressa tudo o que mencionei acima... Vestindo uma macabra capa preta e vermelha, Ozzy apresentou-se no jubileu da Rainha da Inglaterra, em 2002. Diante de uma platéia inicialmente tímida, o "Mestre" agitou a festa e incendiou a audiência. Ao lado de Iommi e de Phill Collins (na bateria), Ozzy fez até a família real sair da postura sisuda para aplaudí-lo em meio a risos e expressões espantadas, cantando "Paranoid".
5 comentários:
E aí Max! Vou colocar o blog na minha lista de favoritos... me parece que eu já falei isso e andei esquecendo... agora é fato, hehehe!
Cara, eu simplesmente nunca tinha parado pra me questionar que o Ozzy poderia ter um nome que não fosse "Ozzy", isso foi uma surpresa para uma segunda-feira de manhã! Adorei o post! Assim que eu conseguir, vou lendo os outros!
E amanhã, show do Guns? Será que o Axl vai subir ao palco? Será que chegaremos em casa antes das 5:00 da manhã?
Bjs
Oi Manô!
Obrigado por tuas palavras... É uma honra ter o acesso de uma pessoa que tem alta cultura de rock`n roll, como tu...
O nome dele foi uma surpresa pra mim também. Tem muita coisa sobre o Ozzy que a gente nem sonha, mas a autobiografia dele vai nos mostrar o cara como ele é...
Hmmm... O Guns deve atrasar o show, como sempre. Só espero que o Axl não pire muito na batatinha porque os gaúchos não são assim tão pacientes como o pessoal do centro do país.
Bjos!
Max.
"O Sabbath foi uma reação contra aquela merda toda de paz, amor e felicidade..."
Bah, como eu estava afim de escutar isso!
Essa frase consegue sintetizar exatamente a diferença do Sabbath pra tudo aquilo que estava aparecendo na cena musical.
Sobre o Axl,
Honestamente acho que ele não é a metade do que um dia ele já foi (a não ser no peso), mas ok. Ele ja teve sua época.
Verdade, Felipe... O Sabbath marcou por ser diferente, e isso deve ser valorizado...
Sobre o Guns, fui ao show... Tirando aquela pouca vergonha do atraso, o show foi muito bom. O Axl superou minhas expectativas e a banda era bem qualificada.
Abraço!
Max.
óbvio que o britânico foi muito mais influente... Beatles, Pink Floyd, Rolling Stones... e pra mim o imbatível/melhor de todos... QUEEN!!!
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